Aos meus amigos mais próximos e aos nem tão próximos, a vida adulta chegou

O porque eu só inclui meus amigos e colegas nesse título é simples: Quando a vida adulta chega pra gente, acabamos nem nos dando conta de pensarmos que já estamos pagando conta, indo ao supermercado uma vez por semana, trocando lâmpada e indo comprar ração para o gato.

Escrevo este texto especificamente aos meus amigos que há dois anos atrás estavam comigo na mesa do bar falando sobre date e pegação, contando o fiasco que foi o último encontro com o boy, escrevo aos meus amigos que faziam festa até as seis da manhã, aos que bebiam e faziam merda, aos amigos que todo final de semana estavam procurando um novo rolê.

Hoje os vejo crescendo e isso é tão lindo.

Uns planejando casamento, outros já casados, alguns com filhos, outros construindo carreira profissional, têm os que saíram da casa dos pais e os que saíram do país.

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Se essa fase de transição do ciclo da nossa vida não é a mais estranha, eu não sei qual é. Até pensei que fosse a puberdade, onde nos tornamos um pouco mais independentes e confiantes de nós mesmos, fase essa que começamos a mostrar nossa identidade e identificar com nossos ideais. Mas caramba, ver uma amiga sendo mãe é ainda mais louco.

Nosso grupo do whatsapp que antes era usado para jogar conversa fora virou um meio de discussão sobre cuidados com bebês, fotos fofinhas, planejamento de quem vai dar tal roupinha ou brinquedo, chá revelação, chá de bebe, chá de cozinha, chá chá chá…

Agora as visitas semanais são para saber como o bebê está, e para conversar sobre coisas de bebê, a gente fica mesmo interessado e curioso com todas essas informações novas que antes era tão longe do nosso circulo e agora está tão perto. Nem dá para imaginar que poucos anis atrás a gente estava jurando que jamais engravidaríamos ou casaríamos tão cedo.

E talvez nem seja tão cedo assim.

O mais encantador desses novos ciclos que se iniciam é que agora somos os titios babões, os que vibram com cada evoluçãozinha daquele nenê, quais vão ser os passeios e como nós vamos amar o filho de um amigo como se fosse a coisinha mais preciosa desse mundo.

Fica fácil descrever essa conexão nossa, né? Tudo começou na faculdade, quando nem sonhávamos que estaríamos onde estamos hoje, e que ainda assim somos um por todos e todos por um.

Bom, enquanto a mim, que vejo de longe a evolução de vocês, fico cada dia mais feliz pela vida ter sido generosa com as pessoas que mais amo, assim como minha vida têm sido generosa comigo.

Que em cada ciclo podemos contar um com o outro na nossa evolução.

Logo tô chegando para conhecer essa criança linda chamada Elena.